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RELATÓRIOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

PROJOVEM CAMPO – SABERES DA TERRA

 

 

RELATÓRIO DA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DO PROGRAMA PROJOVEM DO CAMPO

 

 

1. PÓLO: Sobral

2. PROFESSORES: Rita e Neusita

3.EVENTO – Formação dos professores do projovem campo

4.PERÍODO – 30/11 a 04/12/2009

5.CARGA HORÁRIA – 40 h/a

6.OBJETIVO – capacitar os professores do projovem campo para a prática do tempo escola e tempo comunidade

7.MUNICÍPIOS – Santana do Acaraú, Itarema, Ubajara, Hidrolândia e São Benedito

8.TOTAL DE PARTICIPANTES – 30 pessoas

9.TEMÁTICAS- Agricultura Familiar e Sustentabilidade EixoI– Identidade,Cultura, Gênero e Etnia; Projeto político pedagógico; currículo integrado; pedagogia da alternância,; percurso formativo; pesquisa como princípio educativo;diário etnográfico

 

 

 

 

  1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

 

Segunda –feira (30/11/09) ; iniciamos a manhã com as falas da professora Iolanda na qual desvelou a importãncia da proposta pedagógica do projovem campo e depois a fala da Val. Em seguida, foi realizada pela professora Rita, uma dinâmica de acolhimento e apresentação com a música semente do Armandinho, para resgate dos nomes e novas apresentações, na qual os técnicos aproveitaram para se apresentarem e conhecerem todo o grupo. Após a professora Neusita dar alguns informes quanto a estrutura física do ambiente e do lanche. Em seguida, a professora Rita faz a mediação para a escolha dos grupos de cuidadores da síntese, avaliação, animação e organização. Depois acontece o lanche. Em seguida, informes da Val sobre o IDT e mais alguns esclarecimentos. A professora Neusita começou a ultima atividade da manhã, pedindo que formassem os grupos por crede para discutirem o que realizaram na comunidade -espaço de escuta/ memórias da primeira semana de formação e os professores relataram as suas dificuldades e facilidades separados e depois foi pedido que todos se colocassem para que os outros grupos pudessem ouvir as memórias. A tarde foi iniciada com a leitura de um poema do índio lido pela professora Rita. Em seguida, a professora Rita faz uma apresentação sobre agricultura familiar e sustentabilidade, depois passa um filme sobre o significado de sustentabilidade e em seguida um outro filme sobre a EFA. Em seguida o lanche e depois os professores desenvolvem uma atividade mediada pela professora Rita, e desenham as compreensões dos temas abordados e colocam palavras em destaque e surgem o debate e comentários muito importantes. No final da tarde acontece a avaliação do dia.

 

Terça-feira (01/12/09) ; o grupo cuidador de animação (Claudia e Janio) aplicam uma dinâmica “reflexão do eu”. Depois acontece a apresentação das equipes de síntese e avaliação e a formação de novos cuidadores. A professora Neusita começa a atividade sobre o estudo projeto político pedagógico discursando sobre. Passa um bom tempo falando e depois começa a pedir que estudem e leiam a pagina 50 e 53. A tarde, foi inciada com a equipe de animação, com dinâmica. Em seguida, a Val começa com a atividade que não pode ser realizado pela manhã devido o tempo extrapolado – e ela começa a explicar sobre a organização curricular do programa e sobre currículo integrado. Após, a professora Neusita começa a atividade falando sobre o percurso formativo e sobre a dialogicidade, mas não haviam acontecido ainda os estudos do texto da página 21-34. Em seguida a Professora Iolanda sugere para a professora Neusita que os professores leiam o texto para estudo. Depois ouve a socialização do proposto e do vivenciado. Em seguida a síntese e avaliação do dia.

 

Quarta-feira (02/12/09); a amanhã começa com a dinâmica realizada pela professora Maria Marques com uma linda mensagem no data-show e em seguida acontece uma breve apresentação de todos para o Eduardo e o senhor Portela. Depois a Maria Marques aplica uma entrevista com o sr. Eduardo para maior descontração, mostrando habilidade e desenvoltura para aplicar dinâmicas. Acontece a apresentação da síntese e da avaliação e formação de uma nova equipe. O Eduardo Cabral explica e tira dúvidas com todos durante um período de tempo. As atividades começaram atrasadas devido a apresentação do Eduardo e a professora Neusita passa um longo tempo falando sem dar início a atividade em si, que era a partilha de saberes, o que foi trabalhado e o que seria feito. Depois foi colocado um filme sobre a produção da cultura em Itarema. E a atividade proposta no planejamento para a manhã só começou as 11:15h que na verdade foi proposto pela Neusita a continuação do estudo nos cadernos na pagina 30 para preencherem a ficha pedagógica. Só que no planejamento pactuados por todos, era para ser trabalhado esse tema e caderno só a tarde e pela manhã era para dar continuidade no caderno da partilha de saberes – percurso formativo. A professora Neusita pede para sair mais cedo e deixa a atividade para a professora Rita e dessa forma, consegue retomar a atividade pactuada no planejamento. A tarde acontece mais uma dinâmica realizada pelo Jânio e a professora Rita passa um filme de Paulo Freire em um minuto. Depois acontece a continuação da atividade da manhã que não havia terminado. Os professores se mostram com muita dificuldade para pensar o planejamento pois muitos não haviam lido os cadernos e então não dominavam o percurso formativo, plano de pesquisa e tudo mais. Sendo assim tiveram dificuldade em construir a ficha pedagógica e a professora Rita explicando e tirando dúvidas dos grupos. No final da tarde aconteceu avaliação do dia.

 

Quinta-feira ( 03/12/09) – a manhã começa com cantoria do grupo de Itarema que anima bastante. Depois acontece a apresentação da equipe de síntese e avaliação. Em seguida a professora Rita informou que estava com muita cólica e que ela iria ficar presente mas, escutando e anotando. Então a professora Neusita faz o seguinte comentário maldoso “ a professora Rita passou a bola pra mim bem no momento crucial”; interessante, no dia anterior foi ela que estava precisando que eu a substituísse e eu fiz sem realizar comentário algum. Alguns professores e técnicos perceberam o tom que ela usou e vieram a minha procura para tentar compreender, eu tentei desconversar. Em seguida, os professores e técnicos comentaram do horário de termino do curso na sexta e pediram para que só fosse até as 12:00h. e a Neusita ao invés de mediar fez foi complicar mais ainda, dizendo que não sabia desse horário de termino do curso para as 14:00h e achando que seria até as 16:30h. disse que alguém tinha que ligar para a UFC para verificar isso, ou seja não confiou ou não leu o programa, pois tanto o programa da UFC como o que eu (Rita) havia digitado estavam certos quanto ao horário proposto para terminar (14:00h). e ainda, uma professora me contou, que assim que eu saí da sala para Ligar para o Valdir e confirmar o horário, ela falou em voz alta que “A Rita sabia do horário”, ou seja jogando os professores e técnicos contra a minha pessoa. Em seguida, depois de tudo esclarecido e confirmado, ela começa a atividade sem antes pedir que os grupos da síntese e avaliação pudessem ler e apresentar-se. Pedi para uma professora resgatar a atividade esquecida e lembrar da escolha dos novos cuidadores.Em seguida ela faz uma apresentação com a colagem de papel na parede para explicar um pouco sobre como planejar a partir do currículo integrado e os professores gostam muito. Já eram quase 11:00h e nada da equipe continuar o planejamento.A tarde começa com mais uma dinâmica de integração, muito interessante.e os professores começam as apresentações sobre o planejamento do tempo escola e trocam conhecimento. Depois avaliação do dia e alguns professores pedem a palavra para agradecimentos e entrega de lembranças para Profa. Neusita, Rita e Val. No final a professora Rita faz uma proposta de confraternização a noite e todos concordam e muitos comparecem.

 

Sexta-feira( 04/12/09) – começa com cantoria de todos e uma leitura de texto e dinâmica com fitas. A professora Neusita passa a atividade para professora Rita logo cedo e se retira para providenciar as declarações que foram digitadas erradas pelo bolsista da UVA. A professora Rita pede que a equipe de síntese e avaliação se apresente e em seguida a professora Rita faz o resgate da atividade do dia anterior e depois pede que formem os grupos pro comunidade para planejamento do tempo comunidade. Depois os grupos de apresentam e trocam conhecimentos. Em seguida acontece a atividade escrita da síntese individual e depois avaliação da manhã de sexta. O Pro - reitor de extensão Prof. Falcão chega e fala um pouco da importância do projovem, se colocando como parceiro. No final todos se despedem muito agradecidos e satisfeitos. As atividades terminaram as 12:00h.

 

 

 

  1. ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÃO E ENCAMINHAMENTOS.

 

Gostaria que o programa pactuado por todos nós na UFC fosse seguido realmente e que a minha colega formadora pudesse controlar a sua fala com o tempo previsto no programa.

A Andréa coordenadora nos ajudou muito na organização do almoço dos professores devido a distancia do local.

A presença dos técnicos foi muito positivo e de grande importância. Apenas senti que um técnico, o Colombo , não tinha perfil para esse trabalho coletivo.

 

 

 

  1. OUTRAS INFORMAÇÕES

 

Algumas falas dos professores e técnicos a partir das avaliações: pedidos de celulares no silencioso, mais dinâmicas, mais trabalhos em grupos. Avaliaram a formação com muita positividade; colocaram que aprenderam muito nesta semana apesar da dificuldade de planejar junto com o grupo; colocaram da importância da presença da Valdenice Gomes.

 


 

 

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ/PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

1° ENCONTRO MENSAL DE EDUCADORES DO PROJOVEM CAMPO-SABERES DA TERRA/PÓLO SOBRAL
PERÍODD: 21 E 22 DE DEZEMBRO DE 2009
LOCAL: UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

PROFESSORA FORMADORA; MARIA NEUSITA TABOSA

CARGA HORÁRIA:12H

Nº DE PARTICIPANTES:32

MUNICÍPIOS:UBAJARA,TIANGUÁ,HIDROLÂNDIA, ITAREMA, SÃO BENEDITO E SANTANA DO ACARAÚ, SOBRAL (IDT ) E FORTALEZA ( IDT/PROJOVEM URBANO ).


RELATÓRIO DAS ATIVIDADES REALIZADAS

EVENTO: PRIMEIRO ENCONTRO MENSAL DOS/AS EDUCADORES DO PROGRAMA PROJOVEM CAMPO- SABERES DA TERRA

OBJETIVOS:

· Analisar e discutir sobre o Tempo Escola, levando em consideração o planejamento realizado no encontro anterior; Aprofundar estudos dos textos componentes do caderno: “BAÚ DOS SABERES” com ênfase em: Elementos para Construção do Projeto Político-Pedagógico da Educação do Campo de Roseli Salete Caldart; Questões Paradigmáticas de um Projeto Político da Educação do Campo de Sônia Maria Santos Azevedo de Jesus e Possibilidades e desafios da organização do currículo integrado de Marise Ramos;

· Planejar as atividades dos Tempos Escola e Comunidade para o mês de janeiro de 2010, atentando para os aspectos do eixo: Agricultura Familiar: Identidade, Etnia, Cultura e Gênero, na perspectiva do currículo integrado.

TEMÁTICAS TRABALHADAS:

1-TEMPO ESCOLA/TEMPO COMUNIDADE /CURRÍCULO INTEGRADO

2-ELEMENTOS PARA CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO/CONTRIBUIÇÕES DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DO CAMPO

3-QUESTÕES PARADIGMÁTICAS DA CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO POLÍTICO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

4-POSSIBILIDADES E DESAFIOS NA ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO

INTEGRADO.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

a) Explicitação dialogada sobre a Educação do Campo como direito inalienável dos povos do campo;

b) Estudo em grupos, cabendo a cada grupo a sistematização das idéias discutidas para socialização na plenária;

c) Apresentação da síntese de cada grupo sobre o estudo realizado;

d) Discussões e complementações das sínteses dos grupos pela plenária;

SÍNTESE DOS GRUPOS SOBRE AS TEMÁTICAS ESTUDADAS

GRUPO 1- COMPOSTO PELOS EDUCADORES DOS MUNICÍPIOS:

Hidrolândia, Santana do Acaraú, Itarema e Movimentos Sociais

PRINCIPAIS IDÉIAS DO TEXTO: ELEMENTOS PARA CONSTRUÇÃO DO PROJETOPOLÍTICO-PEDAGÓGICODAEDUCAÇÂODOCAMPO (CALDART)
>A 1°Conferência Nacional por uma Educação Básica do Campo, realizada em 1998, marcou coletivamente um novo jeito de lutar e de pensar a Educação para o povo brasileiro que vive e trabalha no e do campo;

Ø Os Movimentos Sociais do Campo inauguraram uma nova referência para o debate e a mobilização popular, por uma Educação do Campo e não mais uma educação rural o educação para o meio rural;
> A partir dessa Conferência, o campo passou a ser entendido como um espaço de vida digna e que é legítima a luta por políticas públicas específicas e por um projeto educativo próprio para seus sujeitos;

Ø Denúncias graves relacionadas à falta de acesso e de baixa qualidade da educação pública destinada à população trabalhadora do campo, fortaleceu a luta nacional por uma nova Educação do Campo, mobilizando os estados brasileiros para o debate, levando essa mensagem para outros movimentos sociais e para os/as educadores/as do campo;

Ø Uma outra importante conquista das organizações de trabalhadores do campo no âmbito da luta por políticas públicas, foi a aprovação das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, por meio do Parecer nº36/2001 e Resolução nº1/2002 do Conselho Nacional de Educação, fazendo com que a Educação do Campo passasse a fazer parte da agenda de lutas e de trabalho de um número cada vez maior de movimentos sociais e sindicatos de trabalhadores do campo;
> O desafio que se apresenta hoje, é a construção de paradigma contra-hegemônico da Educação do Campo, que consolide e dissemine nossas concepções e o modo de ver a educação do campo dinamizada pelos próprios sujeitos do campo;

Ø A identidade da Educação do Campo deve ser fortalecida a partir do ponto de vista da trajetória de luta de suas organizações, desde os seus interesses social formação humana, políticos, culturais ou seja, de seus sujeitos concretos;

Ø A Educação do Campo faz o diálogo com a teoria pedagógica desde a realidade particular dos sujeitos do campo à população do conjunto dos trabalhadores do campo, visando a uma formação humana;

Ø Um dos fundamentos da construção do projeto da educação do campo é o contexto originário da Educação do Campo, o campo e a situação social objetiva das famílias trabalhadoras , o aumento das desigualdades sociais, da degradação da qualidade de vida e da exclusão, da barbárie provocada pelo modelo capitalista de agricultura ;

Ø A formação humana da Educação do Campo é vinculada a uma concepção de campo que se articula com a luta pela Reforma Agrária como uma política social que está em construção, bem como a uma visão de Agricultura de modelo Popular, identificada às características da população camponesa que se contrapõe ao modelo de agricultura capitalista que combina latifúndio e agronegócio;

Ø A Educação do Campo defende um outro olhar para a relação campo/cidade dentro do princípio da igualdade social e da diversidade cultural e se afirma no combate aos pacotes tanto agrícolas como educacionais, na tentativa de fazer das pessoas que vivem no campo instrumentos de libertação e que seja garantida uma Educação no e do Campo;

Ø A Educação do Campo só se tornará uma realidade efetiva, como ideário, projeto e política pública de educação, se permanecer vinculada aos movimentos sociais. Um dos objetivos políticos da Educação do Campo é ajudar na mobilização e organização dos camponeses em movimentos sociais que fortaleçam e identifiquem sua presença coletiva na sociedade que sejam seu espaço principal de educação para a participação e para as lutas sociais necessárias;

Ø O projeto de Educação do Campo precisa estar atento para os processos produtivos e de desenvolvimento locais e regionais que podem devolver dignidade para as famílias e as comunidades camponesas, além de pensar a cultura como matriz formadora que nos ensina que a educação é uma dimensão da cultura, que a cultura é uma dimensão do processo histórico e que processos pedagógicos são constituídos desde uma cultura e participam de sua reprodução e transformação simultaneamente;

Ø A Educação do Campo não cabe em uma escola, mas a luta pela escola tem sido um de seus traços principais, pois a escola pode fazer acontecer a Educação do Campo, a partir de alguns aspectos:compreender a escola como espaço e tempo de vivência de relações sociais que vão formando um jeito de ser humano como sujeito consciente de transformações, inclusive da sociedade;

Ø Para que a escola do campo cumpra esta tarefa é necessário que ela escolha os conteúdos de estudo e a seleção de aprendizados não seja aleatória, mas feita de uma estratégia mais ampla de formação humana. Um bom critério para a escolha dos conteúdos pode ser analisar em que medida se relaciona ou se constituem como ferramentas para a construção de uma visão de mundo, um ideário de vida e se eles permitem aos educandos aprender como pensar sobre o que faz, o que estuda e o que pensa. Afinal, a escola tem a tarefa de fortalecer a auto-estima de seus educandos e de ajudá-los no processo de formação de sujeitos emancipados

Ø A Escola do Campo que defendemos põe em movimento diferentes saberes, socializa e produz diferentes tipos de saberes e fornece ferramentas culturais necessárias ao seu cultivo., ajuda na transformação de processos culturais, de relações entre gerações e a construir novas relações entre campo e cidade.

Ø GRUPO 2- QUESTÕES PARADIGMÀTICAS DA CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO POLÍTICO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO (Sônia Ma.SANTOS), COMPOSTO PELOS EDUCADORES DOS MUNICÍPIOS: Ubajara, São Benedito e Tianguá.

Ø Há três décadas Paulo Freire nos alertou para que não aceitássemos permanecer nas amarras impostas por uma única forma de interpretação do mundo que nos exclui como sujeitos deste mundo;

Ø O fato de muitas organizações sociais e cientistas estarem identificando os limites deste paradigma,pois muito do que avançamos técnico-cientificamente ainda é insuficiente para reduzir os grandes problemas que atingem a humanidade.

Ø Partimos do pressuposto de que não temos um único paradigma que possa reger nossa vida,mas muitos outros capazes de estarem em constante reorganização de si mesmos a partir do próprio movimento de reorganização cultural da sociedade;

Ø A idéia de transição paradigmática sem fim, está fundada na compreensão de que, se observarmos as diferentes formas de pensar e agir de diferentes grupos culturais excluídos da sociedade,poderemos identificar neles, formas alternativas de organização e produção de conhecimento diferentemente do que está posto pelo sistema capitalista;

Ø ao invés de uma educação como meio de desenvolvimento da razão para a inserção do indivíduo na vida social,uma educação como meio de desenvolvimento cultural que se constrói entre diferentes sujeitos que se produzem os símbolos,os ritos, as narrativas, a técnica, a ciência, os saberes da tradição , no mesmo tempo que produz e gera novos valores sociais;

Ø Essas práticas se pautam em teorias que se sustentam no movimento pelas constantes transformações e conservação da vida, pelo incerto, pelo movimento de ordem/desordem e reorganizações na luta pela terra, nas flutuações políticas e econômicas, pelo reorganamento de culturas, pela unidade/diversidade.São elementos de um novo paradigma da Educação do Campo;

Ø Aspectos paradigmáticos da Educação do Campo que ampliam as condições de construção de um projeto de Educação Emancipatória:

(a) o campo é reorganizado sempre por heranças culturais e por invenção de novas formas de relação com o meio ambiente cultural;

(b) as pessoas trazem uma herança biológica e cultural que está sempre em organização. O ser humana está sempre na busca de sua completude e é consciente disto (PAULO FREIRE, 1993);

(c) a formação humana deve ser todo o fundamento da educação , porque através dela os sujeitos têm possibilidade de se constituir como ser social responsável pelos seus atos, inclusive pelo seu refletir, de estar no mundo e de dialogar, argumentando de forma ética com seus semelhantes;

(d) este modelo de educação avança porque propõe o questionamento de quem somos nós, o que queremos com as ocupações de frações dos territórios, que modelo . desenvolvimento do campo é preciso investir,que mundo queremos construir. O questionamento da nossa posição no mundo se faz tomando como imagem a própria condição de pertencimento à terra;

(e) no paradigma capitalista o contexto é forjado pelas relações econômicas globalizadas. Esta lógica de educação estimula a formação por competências e habilidades para que os sujeitos possam se inserir socialmente, independente do contexto em que vive. Aquilo que é produzido deve ser exportado, a integração se dá pela adaptação ao trabalho e pela transferência de conhecimentos que as agências de fomento ao capitalismo consideram ser mais importantes;

(f) no paradigma capitalista o tempo é acelerado pela idéia de um tempo linear, a idéia de que a história tem uma única direção e sentido, o tempo é acelerado pela idéia de progresso, oculta nosso passado e substitui pelo presente que também é efêmero, a ciência é a única capaz de produzir verdades e prever o futuro;

(g) no paradigma capitalista o sujeito é aquele que conhece e o objeto é o que será desvendado, conhecido. O objeto não tem vida e não se relaciona com o mundo;

h) no paradigma da Educação do campo, a preocupação é com a reconstrução do campo e a identidade dos sujeitos , a relação entre sujeito e objeto está posta de forma diferente, cada sujeito é colocado diante de suas limitações e possibilidades,. O autoconhecimento é fundamental para recriar as novas possibilidades da vida ;

i) as relações de pertencimento são ressignificadas de acordo com o contexto em que vivem, não se separa sujeito do objeto do conhecimento, porque a reconstrução do campo, da identidade e da vida, considera tanto o movimento da luta quanto o movimento da vida ao mesmo tempo, como sujeito e objeto. Por isso, a educação se realiza por organizações curriculares que trazem como conteúdos formativos as questões que sempre foram colocadas de fora dos conhecimentos escolares: gênero, problemas ambientais, democracia, justiça social,paz, conflitos étnicos, necessidades especiais, dentre outros;

g) a educação do campo é por essência transversal e parte de grandes eixos norteadores que transversalizam toda a prática educativa e a vida dos sujeitos.

GRUPO 3- POSSIBILIDADES E DESAFIOS NA ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO INTEGRADO (MARISE RAMOS), COMPOSTO PELOS EDUCADORES DOS MUNICÍPIOS DE:Ubajara,São Benedito, Tianguá, Hidrolândia,Itarema e Santana do Acaraú

IDÉIAS BÁSICAS

Ø um projeto de ensino médio integrado ao ensino técnico tendo como eixos; o Trabalho a Ciência e a Cultura, deve superar o histórico conflito existente em torno do papel da escola, de formar para a cidadania ou para o trabalho produtivo e, assim o dilema de um currículo voltado para as humanidades ou para a ciência e tecnologia;

Ø o currículo integrado supera a dicotomia entre conteúdos e competências, compreendendo que os primeiros não são conhecimentos abstratos desprovidos de uma historicidade, nem são insumos para o desenvolvimento de competências .

Ø os limites de um currículo dualista e fragmentado em disciplinas,desenvolvido por meio de uma prática pedagógica baseada na transmissão de conteúdos, não se superam pela substituição de disciplinas, pelas competências, ao contrário, esta perspectiva agrava a dualidade.É preciso compreender os novos limites trazidos pela pedagogia das competências;

Ø é preciso compreender o que significam as disciplinas no processo histórico de construção de conhecimentos,suas especificidades em termo científicos e escolares e os pressupostos epistemológicos que subjazem à forma hegemônica de organização curricular ;

Ø aprender o sentido dos conteúdos de ensino implica reconhecê-los como conhecimentos construídos historicamente e que se constituem, para o trabalhador,em pressupostos a partir dos quais se podem construir novos conhecimentos no processo de investigação e compreensão do real. O real é tanto material- a natureza e as coisas produzidas pelos homens –quanto social, configurado pelas relações que os homens constroem entre si. É pela relação homem-natureza e homem-homem que o ser humano produz sua existência como espécie e como sujeitos singulares;

Ø a produção da existência humana se faz na medida, em primeira ordem, pelo trabalho, condição inerente ao ser humano de agir sobre o real, apropriando-se de seus potenciais transformando-o;

Ø a plena existência humana não permite transgredir as condições necessárias para que o ser humano viva inteiramente como ser social e por isto, cultural.Na base da produção material da existência humana está o desenvolvimento econômico, configurado por formas específicas de se utilizar a força de trabalho das pessoas para produzir valores de uso e da troca (mercadorias) e, a partir dessas, a riqueza (e a pobreza) social;

Ø o avanço das relações capitalistas de produção conferiu destaque ao conhecimento científico,tecnológico, fazendo a escola se comprometer com uma formação adequada à cultura industrializada (GRAMSCI,199A) À medida que as técnicas se aprimoraram condensaram- se em ofícios comuns aos processos diversificados de produção, dando origem às profissões. A divisão técnica e social do trabalho, associada à separação entre trabalho manual e intelectual, as profissões passaram a ser classificadas de acordo com o seu nível de complexidade que, por sua vez, se relacionou com o nível de escolaridade para o desenvolvimento de cada uma delas;

Ø os métodos de análise ocupacional utilizados para a elaboração de currículos da formação profissional que ainda hoje, são recuperados para identificar as competências a ser adquiridas pelos trabalhadores para se tornarem empregados;

Ø os princípios lógicos de planejamento curricular foram elaborados precisamente por Tyler (1950), determinando-se os fins educacionais e os objetivos de ensino dirigidos e controlados mediante a seleção de conteúdos e metodologias baseadas em funções sociais e profissionais seguidos de avaliação;

Ø a formação geral, o objetivo que a orientava era o acesso aos conhecimentos sistematizados que possibilitassem aos estudantes o prosseguimento dos estudos. A fragmentação e a abstração não deixou de caracterizar esse tipo de formação;

Ø a técnica adquirida pelo ensino médio a partir da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,Lei nº9394/96,predominou em nossa sociedade nos anos de 1990 e a função da escola estaria em proporcionar aos educandos o desenvolvimento de competências genéricas e flexíveis adaptáveis à instabilidade da vida e não mais o acesso aos conhecimentos sistematizados;

Ø em nenhum desses projetos o foco foi na formação da pessoa humana;

Ø o elemento mais provador de mudanças ou instabilidades nas escolas a partir das reformas dos anos 90, foi a noção de competências, contrapondo-se às disciplinas, voltando-se para a resolução de problemas ;

Ø a organização do currículo não passaria mais pela definição de um conjunto de conhecimentos a que o aluno deveria ter acesso, mas a integração entre as disciplinas e as formas de conhecimentos nas instituições escolares;

Ø a proposta de integração aqui defendida é aquela que incorpora elementos das análises anteriores , mas vai além dessas, ao definir de forma mais clara as finalidades da formação: possibilitar às pessoas compreenderem a realidade para além de sua aparência fenomênica;

Ø os caminhos de ensino são conceitos e teorias que constituem sínteses da apropriação histórica da realidade material e social pelo homem, Dois pressupostos são fundamentais:a concepção de homem como ser histórico-social que age sobre a natureza para satisfazer suas necessidades de produzir conhecimento como síntese da transformação da natureza e de si próprio e a realidade concreta é uma totalidade , síntese de múltiplas relações;

Ø a compreensão do real como totalidade exige que se conheçam as partes e as relações entre elas. No trabalho pedagógico, o método de exposição deve restabelecer as relações dinâmicas e dialéticas entre os conceitos,reconstituindo as relações que configuram a totalidade concreta da qual se originaram, de modo que o aluno a ser conhecido revele-se gradativamente em suas peculiaridades próprias (CALDART,1995);

Ø as disciplinas são responsáveis por permitir apreender os conhecimentos já construídos em sua especificidade conceitual e histórica, O currículo integrado é aquele que tem como base a compreensão do real como totalidade histórica e dialética, não será a pedagogia das competências capaz de converter o currículo em um ensino integral, porque os pressupostos epistemológicos que a fundamentam opõem-se radicalmente;

Ø a abordagem empirista e mecanicista, para a qual a interdisciplinaridade não é uma necessidade nem um problema, sustentou os currículos tecnicistas centrados na fragmentação disciplinar na abordagem transmissiva de conteúdos;

Ø currículo escolar formalmente, faz a seleção desses conhecimentos e os organiza em disciplinas que têm como referência os campos da ciência;

Ø o princípio de que o trabalho é mediação entre o homem e o objeto a ser investigado/conhecido e que a apropriação social do conhecimento produzido é o que lhe confere significado, está no fundamento do método que define a escola ativa e criadora (GRAMSCI, 1991b);

Ø a apreensão do conhecimento na sua forma mais elaborada permite compreender os fundamentos prévios que levaram ao estágio atual de compreensão do fenômeno estudado;

Ø no currículo que integra formação geral, técnica, e política, o estudo do conhecimento geral de um conceito será no seu enraizamento, nas ciências como “leis gerais” para esse estudo reverter-se em conteúdos de ensino sistematizados nas diferentes áreas de conhecimento e suas disciplinas;

Ø a integração exige que a relação entre conhecimentos gerais e específicos seja construída continuamente ao longo da formação, sob os eixos do trabalho, da ciência e da cultura.

Ø elaborar questões sobre os fenômenos, fatos, situações e processos identificados como relevantes, com o intuito de desvelar sua essência- características, determinantes, fundamentos- que não se manifestam de imediato à nossa percepção e/ou experiência, denomina-se problematizar fenômenos e as respostas obtidas, elaboradas produzirão a necessidade de recorrer a teorias e conceitos já formulados sobre o objeto estudado e esses se constituem em conteúdos de ensino;

Ø explicitar termos, conceitos, é fundamental para a compreensão dos fundamentos e objetos estudados. Situar os conceitos como conhecimentos de formação geral e específicos, tendo como referência a base científica dos conceitos e sua apropriação histórica, social e cultural é um benefício para os grupos sociais;

Ø além da redefinição do marco curricular, as opções pedagógicas implicam também, a redefinição dos processos de ensino. Esses os devem se identificar com

Ø Ações ou processos de trabalho do sujeito que aprende pela proposição de desafios, problemas e/ou projetos;

Ø Os processos e as relações de trabalho que os estudantes poderão vir a enfrentar compõem uma totalidade histórica. A proposta de integração distingue-se da simultaneidade;

Ø as possibilidades concretas de só se configurarão se nos dispusermos a construí-las.

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO

De acordo com os educadores participantes do primeiro encontro mensal, a avaliação se deu através de uma dinâmica denominada “ÁRVORE” feita com o tronco e a copa de papel madeira e as folhas de papel ofício contornadas de pincel na cor verde. Cada pessoa retirava da árvore colada no chão com fita adesiva, uma de suas folhas e escrevia uma palavra caracterizando sua percepção sobre o encontro e lendo em voz alta, colando-a novamente na árvore. As idéias resultantes dessa dinâmica representaram a avaliação do encontro, assim pontuadas: Integração (05 pessoas manifestaram isto); Companheirismo (04 pessoas); Aprendizado (04pessoas); Desafiante (03pessoas); Socialização (06pessoas); Prazeroso/Alegre (03pessoas Participação/Diálogo (04pessoas); Valioso (04pessoas).

OBS: O único aspecto considerado negativo pelos educadores foi a carga horária insuficiente para uma pauta bastante “pesada.”

ENCAMINHAMENTOS

Formação de grupos de estudos para aprofundamento dos conteúdos dos textos trabalhados e por sugestão dos próprios educadores, fazer o fichamento dos textos estudados no encontro, os quais se encontram no “BAÚ DOS SABERES”, levando em conta a importância destes, para melhor compreensão sobre as concepções, princípios e paradigmas para a formação e o trabalho desenvolvendo pelos educadores do Projovem Campo;

Retomar as discussões dos textos no próximo encontro visto serem fundamentais para a formação dos educadores engajados no Programa Projovem Campo- Saberes da Terra;

Quanto ao planejamento, foram definidos os objetivos, os conteúdos de ensino a serem trabalhados no Tempo Escola e Tempo Comunidade, atentando para o currículo integrado, tomando como foco o eixo: Agricultura Familiar e os aspectos a ele inerentes: Etnia, Gênero e Cultura, sem abandonar o aspecto Identidade que já vem sendo estudado.

Ainda por sugestão do grupo de educadores, o relatório de cada encontro realizado deve ser entregue e lido em plenária no início de cada encontro, com os educadores, para a construção da memória /história da trajetória do curso como um todo, além de servir de instrumento avaliativo em cada etapa realizada, possibilitar melhor visualização de todo o processo desenvolvido juntamente com o grupo de educadores do Projovem Campo, facilitando assim, a produção da síntese final do curso, pelos educadores, numa perspectiva de uma visão integrada (totalidade).

REFERÊNCIAS

BAÚ DOS SABERES. FORMAÇÃO DE EDUCADORES DO CAMPO DE JOVENS E ADULTOS-SABERES DA TERRA. Fortaleza: UFC/ Pró-Reitoria de Extensão, 2009.

 


 

 

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

PROJOVEM CAMPO SABERES DA TERRA

RELATÓRIO DA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DO PROGRAMA PROJOVEM CAMPO

PÓLO: SOBRAL

PROFESSOR FACILITADOR: MARIA IOLANDA MAIA

1. EVENTO: III Encontro Mensal de Formação do Programa PROJOVEM DO CAMPO.

2. PERÍODO: 29 a 3I de março de 2010.

3. OBJETIVO: Avaliar o percurso formativo do I Eixo Temático: identidade, cultura, gênero e etnia; aprofundar questões sobre: currículo integrado, projeto político pedagógico, pedagogia da alternância e a pesquisa como princípio educativo; planejamento dos meses de abril e maio.

4. CARGA HORÁRIA: 24 H/A.

5. MUNICÍPIOS: Hidrolândia, São Benedito, Ubajara, Itarema e Santana do Acarau.

6. TOTAL DE PARTICIPANTES: 27 educadores e educadoras do campo.

7. TEMÁTICAS: As temáticas que nortearam as discussões do encontro foram:

- Avaliação das atividades e conteúdos trabalhados no primeiro eixo temático.

- Reflexão e aprofundamento do currículo integrado.

- A Pesquisa como Princípio Educativo; texto de apoio: Livro Percurso formativo: elementos conceituais - Coleção Cadernos Pedagógicos do PROJOVEM CAMPO-SABERES DA TERRA, PP. 25-28.

- Concepções Epistemológicas da Educação Freiriana; vídeo de apoio: Paulo Freire.

- Planejamento do tempo escola e do tempo comunidade para os meses de abril e maio.

8. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

- Dia 29 de março de 2010 - manhã: Abertura do encontro pedagógico e acolhimento e mística; início da reflexão sobre o Projeto a partir da música “Sêmen”, do grupo Mestre Ambrósio com a dinâmica: Caminhos- uma reflexão sobre a prática pedagógica dos professores formadores do programa PROJOVEM CAMPO SABERES DA TERRA;

Trabalho individual a partir de três indagações:

1. Que sementes plantei e estão crescendo? Respostas: auto-estima, amizade, valorização a diversidade, partilha, união, respeito, compromisso com o outro, resgate cultural, curiosidade, busca da identidade, solidariedade,participação e companheirismo.

2. Que sementes plantei e não cresceram? (Preciso cultivar melhor). Respostas: Trabalhando de forma progressiva, compromisso dos alunos nas atividades individuais e em grupos, currículo integrado e percurso formativo, cooperação, o desempenho do aprendizado: preciso ter maior aprofundamento dos conteúdos, um apoio e um incentivo maior do projeto, maior interesse por parte do aluno, um planejamento mais claro em relação à proposta do Programa, interesse, participação, freqüência dos alunos (100%), companheirismo, referências e conscientização de que o campo pode ser mais produtivo a partir do conhecimento.

3. Como caminhei? (Valores cultivados em relação ao grupo de educador@s). Respostas: cautela, ouvir o outro, seriedade, credibilidade e humildade (respostas que constavam na primeira indagação).

Após responder os três questionamentos sobre o seu percurso pedagógico no Projeto que tencionavam fazer um levantamento sobre o aprendizado dos/as educandos/as, focalizando o que tinha sido trabalhado e que tinha surtido o efeito desejado, ou seja, atingiu o objetivo de forma satisfatória e o que precisava de reforço para garantir este aprendizado.

Foram revisitadas partes dos livros Percurso Formativo e Projeto Político Pedagógico para discutir principalmente a pedagogia da alternância, a pesquisa como princípio educativo e o currículo integrado. Durante as discussões os participantes falavam sobre as suas práticas, contribuíam com suas observações e expressavam suas dúvidas. Os técnicos agrícolas, que não tinham recebidos os dois livros, solicitaram que fosse agilizado o recebimento devido à importância para o seu trabalho e a necessidade de conhecer melhor a proposta política pedagógica do Projeto.

Os professores quiseram saber as razões dos dois professores da UVA não estarem mais participando e estranharam que um projeto com a filosofia do Projovem não suportar críticas. Após os esclarecimentos, demos continuidade as atividades programadas.

Aprofundamento do currículo integrado – após a escuta foi feto um trabalho de grupo, com as proposições: Como está se dando a vivência do currículo integrado no Projovem? O que você diria para outros professores sobre o currículo integrado? Como vocês estão vivenciando o currículo integrado?

30/03/2010 - No segundo dia, após a acolhida com uma poesia, foi exibido o filme Paulo Freire, seguido de uma discussão sobre os princípios básicos de sua proposta pedagógica, relacionando com a proposta do Projovem Campo. Para refletir mais sobre o tema foi feito um trabalho em três grupos com as questões: 1.Resenha do filme; 2. O que o filme questiona sobre a prática?; 3. Dicas para aperfeiçoar a relação Tempo Escola e Tempo Comunidade. Seguido de plenária e socialização das produções dos grupos.

Apresentamos a proposta de trabalho para o Tempo Comunidade: leitura do livro Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, que ficou assim distribuída por capítulo: 1. Justificativa da pedagogia do oprimido (p. 31 a 58) – Município de Santana do Acarau; 2. Concepção bancária da educação como instrumento da opressão (p. 65 a 83) – Município de Hidrolandia; 3.A dialogicidade, essência da educação como prática da liberdade (p. 89 a 116) – Mun. De São Benedito e Ubajara; 4. A teoria da ação antidialógica ( p. 141 a 191) – Mun. Itarema.

Também foi entregue para reforçar a reflexão sobre a importância da pesquisa no trabalho do professor, uma página do livro Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire, sobre a importância da pesquisa e da valorização dos saberes dos estudantes.

Na parte da tarde, foi feita a dinâmica “afeto e abraço”, que se revelou bastante oportuna por ter sido salientada por Moacir Gadotti, na sua exposição no filme, a importância do afeto e do toque para Paulo Freire.

Iniciamos o planejamento, fazendo um levantamento do que não tinha sido devidamente estudado no I Eixo Temático: Agricultura Familiar: identidades, cultura, gênero e etnia, bem como na Ficha Pedagógica. Os municípios tinham estudado os quatro temas, mas sentiam necessidade de aprofundar os dois últimos: gênero e etnia. Após, os grupos se reuniram por áreas de conhecimentos e apresentaram na plenária o resultado do trabalho em grupo.

31 de março de 2010 - foi apresentada uma mística. Logo em seguida os participantes reuniram-se por municípios para elaborar os planejamentos dos meses de abril e maio. Após a plenária, quando foram socializados e comentados esses planejamentos, assistimos “Canção dos Homens”, que reforçou a questão da identidade, cultura e de pertencimento.

Após, foi feita a avaliação final do encontro pelos participantes.

9. ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÃO E ENCAMINHAMENTOS:

O encontro desenvolveu-se de maneira positiva, com todos os professores formadores presentes;

10. Anexos

Planejamento – Projovem Campo

Município de Itarema – CE

Eixo – Etnia

Objetivos

· Reconhecer e discutir a diversidade cultural do povo brasileiro.

· Compreender a miscigenação brasileira.

· Problematizar a cultura e suas diferentes foi mais de organização do trabalho como elemento caracterizador das identidades locais e regionais.

Conteúdos

· Trabalho escravo

· Miscigenação

· Lutas sociais indígenas

· Identidade

· Herança cultural

· Monocultura

· Meio ambiente

Metodologia

· Estudos de textos

· Aula de campos, visitas

· Debates

· Palestra

· Produção textual

· Síntese provisória

· Pesquisa

· Vídeos

Recursos

· Livros didáticos

· TU

· CO

· Textos

· Campo

· Cartolina

· Papel madeira

· Caneta

· Som

Avaliação

· Participação

· Percepção

· Interesse

· Produção das atividades

· Oralidade

· Criticidade

Avaliação

Que bom!

· Reencontrar os companheiros; as dinâmicas; os aprofundamentos teóricos; a retrospectiva da caminhada; as trocas e os planejamentos; o aproveitamento do tempo; a postura da formadora.

Que pena!

· A ausência de alguns companheiros e das formadoras Neusita e Rita (considero um retrocesso e um desrespeito a toda a ideologia do programa, os acontecimentos). A falta de informações precisas sobre as bolsas dos cursistas, as UTDs e os matérias didáticos.

Que tal?

· Agilizar as bolsas dos cursistas;

· Providenciar materiais didáticos (EVA; pinceis; papeis; oficio; madeira; cartolina; TNT; colas; fitas gomadas...); pois esse material está sendo necessário e a falta deles comprometem o programa.

· Agilizar as UTDs e rever quem vai montar (parte q requer construção) já que os alunos todos trabalham e têm família para sustentar não tendo condições de assumir tais tarefas. Alem disso não têm conhecimento da área de construção são agricultores.

· Pedir desculpas as formadoras e ao grupo pela forma que se procedeu a ruptura delas no programa.

Tereza Neuma Linhares Cavalcante de Andrade.

Avaliação final

O encontro foi muito proveitoso.

Local: muito bom

Facilitadora: excelente

Avaliação

Período: 29/03 à 31/03/2010

Local: Crede 06 – Sobral

· O ritmo dos trabalhos durante o encontro foi abalado pelo motivo do desligamento das (02) duas formadoras (como foram desligados? E o porque de suas saídas );

(do encontro)

· O local ficou distante do apoio dos professores (restaurante, hospedagem);

· A UFC deveria rever a questão das diárias desse encontro, porque no outro encontro que não houve os professores ficaram 02 dias em Sobral esperando que resolução dos trabalhos diante a paralização;

Avaliação final

O encontro foi muito proveitoso, as informações foram repassadas com clareza e objetividade, dinamicidade e criatividade.

O local apesar da distância é muito agradável.

A formadora muito delicada e dedicada. Tem conhecimentos e os repassa com muita clareza.

Avaliação

III Encontro de Educadores do ProJovem Campo Saberes da Terra

Os encontros de educadores do ProJovem Campo-Saberes da Terra, sempre vem trazer ânimo para que possa continuar caminhando nesse percurso que exige muita dedicação e determinação de todos os envolvidos. Como tudo na vida tem o lado positivo e negativo que podemos citar alguns contos:

· Com relação ao local do evento- muito distante de tudo ( restaurantes e pousadas) gostaria de que os organizadores reservem .

· Participante- a participação ( freqüência) precisa ser muito melhor para termos um aproveitamento mais significativo, como exemplo tem município que os professores não estão freqüentando dificultando as atividades do programa, onde 2 a 3 participam e os outros nada.

· A formadora- posso dizer que a claridade na exploração das conteúdos foi muito bem explicado espera que os próximos formadores que venha continuar as formações tendo em vista que essas formação são de extrema importância para o bom andamento do programa.

· Diárias- gostaria que passem a olhar pelo lado dos professores que estão se deslocado de seus municípios tendo que pagar alimentação, hospedagem e deslocamentos gastos esses que de fato afeta o orçamento familiar.

Obs- Fato ocorrido no início do mês de março (formação abortado onde os professores vieram e tiveram todos os gastos relatados acima, que estavam apenas cumprindo nossas obrigações).

Sugestões de Projetos Didáticos

· Nome do Projeto

· Tema

· Justificativa

· Objetivo geral

· Objetivos por áreas de conhecimento

· Conteúdo

· Tempo estimado

· Material necessário

· Desenvolvimento

· Avaliação / Culminância

Obs.: Ver os projetos dos livros do educador. Sequência didática (revista nova escola)

Município – Santana do Acaraú

Organização Tornada Pedagógica

Mês -> Abril/2010

Temática do mês – Etnia

Objetivos:

è Reconhecer e discutir a diversidade cultural do povo brasileiro.

è Identificar as culturas e suas diferentes formas de organização do trabalho caracterizando as identidades locais.

è Discutir a importância dos povos indígenas para a formação do povo brasileiro.

Gênero ----------> São Sebastião e Ubajara

Objetivos:

Discutir relações de gênero e as relações sociais, econômicas e culturais.

Conteúdos

As relações de desigualdade e injustiça entre gêneros; causas e contribuições para relações justas; lei Maria da penha.

Metodologias

Pesquisas em jornais e revistas; confecção de murais; discursões individuais e grupais; musicas, dramatizações; leitura de testos; aula dialogadas; vídeos.

Recursos

Revistas, jornais, papel madeira, pinceis, som, cd, data show, cola...

Etnia

Objetivos:

Reconhecer e discutir a diversidade cultural do povo brasileiro. Problematizar a cultura e suas diferentes formas.

Conteúdos

A cultura dos povos indígenas ; o estatuto da igualdade social. Navio negreiro; canto das três raças.

Metodologia

Dramatização, leitura de textos, vídeos, musicas, pesquisa de campo, entrevista.

Recursos

Xerox, cd, livros, cartolinas, tnt, Papel madeira, som.

Planejamento

1 – Etnia e Gênero Abril / Maio (Hidrolândia)

Objetivos:

1. Intensificar o estudo das relações sociais no processo histórico das construções humanas.

2. Introdução da lei Afro Descendentes

Conteúdos:

Linguagens e códigos:

· Textos: informativos, instrutivos.

· Ortografia.

· Gramática: Artigos, Substantivos, Tonicidade.

· Produção Textual.

Ciências da Natureza:

· Classificação dos seres vivos.

· Características dos Protozoários, monera, fungos, animais e plantas.

Ciências Humanas:

· Históricos das Construções Humanas.

· Historias dos Municípios.

· Historia da Região e do Brasil.

Ciências Agrárias:

· Conceito e tipos de solos.

· Fauna e Flora.

· Recursos Hídricos.

· Vegetação Nativa e Exótica.

Textos:

· Organização de mulheres e convivência com o semi-árido – pag.: 114

· Os agentes Agro Florestais – pag.: 124

Filmes:

· A guerra do fogo

· O homem pré histórico

· O besouro

· Agro Florestação

· Planeta Água

· Poluição.

 


 

 

 

 

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Última atualização em Sex, 12 de Novembro de 2010 00:55  

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