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Magistério da Terra

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Na última quinta-feira, dia 18 de março,na Universidade Estadual do Ceará (UECE) campus de itaperi, mais de 100 estudantes filhos de assentados da reforma agrária estarão recebendo o certificado de conclusão de curso de magistério. Mais do que um certificado é a certeza de que a luta não é
só contra o latifúndio da terra, mas também contra o latifúndio do saber, e para que o Governo possa criar políticas publicas para a
educação do campo. O Magistério da terra que começou em Março de 2006, passou por diversas dificuldades, muitas vezes foi preciso
ocupar o instituto de nacional de colonização e reforma agrária INCRA, a UECE para garantir a continuidade do curso e o direito de estudar. O
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, apresenta propostas para Criação de cursos de graduação nas universidades estaduais e Federais e cursos técnicos nas escolas técnicas, direcionadas as pessoas do campo com a participação dos movimentos sociais do campo.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto brasileiro de geografia e estatísticas IBGE hoje, aproximadamente 10% dos brasileiros
não sabem ler e escrever. As diferenças entre as regiões brasileiras também têm reflexo nas taxas de analfabetismo, avalia o IPEA (Instituto
de Pesquisas Econômicas Aplicadas). Enquanto no Sul do país o percentual de analfabetos é pouco mais da metade da taxa brasileira,
atingindo 5,4% da população, no Nordeste o índice é quase o dobro da média, 19,9%. A constatação está no estudo do IPEA divulgado no dia
07/11/2009, os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2007, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).

No Ceará a realidade ainda é muito difícil, na maioria dos assentamentos ainda não tem escolas, principalmente de nível médio, os jovens e as
crianças precisam se deslocar de caminhões, pau de arara como chamamos no nordeste, para as cidades mais próximas, muitas cerca de 30 a 40 KM
outras chega a ser maior a distância. Na ultima ocupação do MST no palácio Iracema, sede do Governo Estadual o Governador CID Gomes se
comprometeu que em seu governo seria construido 11 grandes escolas do Campo nas áreas de assentamentos de Reforma agrária, 04 já estão em
fase de conclusão, mais as demais de acordo com a Secretaria de educação do Estado Fátima Catunda ainda não tem projeto pronto, o MST cobra o compromisso assumido pelo Governador.

Há doze anos de existência, o programa nacional de educação na reforma agrária PRONERA, financia cursos e outras atividades voltadas para assentados e assentadas da Reforma Agrária, para que os assentamentos possam se desenvolver. Além de cursos de graduação, o programa também financia cursos de educação para jovens acima de 15 anos. Estima-se que mais de 100 mil jovens do campo já fizeram cursos de nível médio ou
superior, financiado pelo PRONERA, hoje a realidade dos jovens assentados é diferente, agora a luta é para que o Pronera que é um
programa passe a ser uma política publica e não fique a mercê de governos que não tem compromisso com o povo brasileiro e venha a acabar com um programa que tem mostrado resultados positivos para o País.

No Ceará já foram alfabetizados mais de 4 mil trabalhadores (as) das áreas de assentamentos e acampamentos de reforma agrária. Já se
formaram em pedagogia mais de 100 estudantes que hoje atuam nas escolas dos assentamentos, atualmente o MST trabalha com o método cubano Sim eu posso com mais de 130 turmas em todo estado em parceria com a secretaria de educação do Estado SEDUC dentro do programa Brasil
Alfabetizado.

O Auditório Central da UECE  estava lotado com professores e professoras, vice-reitor da UECE, familiares dos formandos participar da solenidade.

Fonte: Marcelo Matos - Assessoria de Imprensa MST CE - (85) 9657-6547.

Última atualização em Seg, 22 de Março de 2010 18:56  

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